O Palácio Nacional de Mafra e a sua relação com o nº de Portugal (17)

17 DE NOVEMBRO DE 2020

Faz hoje 303 anos que foi lançada a 1ª pedra da real obra do enigmático Palácio Nacional de Mafra.

De acordo com a tradição, deve-se a Maria Bárbara de Bragança (mais exatamente ao seu nascimento) a decisão de edificação do Palácio de Mafra, uma vez que seu pai, o magnífico D. João V, terá feito a promessa de construir um convento, em caso de ser pai.

Reza a história que de facto a 1ª pedra foi lançada no dia 17 de Novembro de 1717.

O Convento de Mafra é, no dizer de um viajante suíço do século XVIII, a “metamorfose do ouro em pedra”.

Na sua génese, é um Convento franciscano, um Palácio do Rei, um Palácio da Rainha, uma Biblioteca, uma Basílica e uma Tapada.

Gravura, água forte. Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, E. 982 A.

É considerado o mais importante monumento do barroco em Portugal e tem um conjunto de carrilhões (sinos afinados musicalmente entre si) que constituem o maior conjunto histórico do mundo.

Um monumento com uma grandiosidade tal, que chega a ser maior que o famoso “Escorial” em Espanha.

A sua Biblioteca histórica é considerada por muitos, como sendo a mais bela do mundo.

O nº 17 e o Palácio de Mafra

A ideia do nº 17 ser o nº chave para a história lusa, está consagrada nesta Basílica de Mafra.

O edifício foi construído como uma réplica de Jerusalém Celeste, como descrito no apocalipse de São João, mas toda ela baseada no número 17 e nos seus múltiplos.

O próprio convento não está directamente assente no chão mas através de um fascinante efeito de engenharia, como que flutua e está sobrelevado.

A Basílica de Mafra contém no seu interior 17 lampadários e em cada uma das 17 pilastras laterais há um candelabro de 3 velas.

Há 17 para-raios. Tem 2 torres com 2 conjuntos de carrilhões que tem 51 sinos (3×17) .

A basílica foi dedicada a Sto António, á época alcunhado de “O Arca do Testamento” ou seja a “Arca da Aliança”.

Na escadaria exterior existe um tridente, cujo o ângulo entre as suas linhas é de 17 graus.

O número 17 (cuja redução teosófica é o 8) é um número sagrado, cuja sacralidade está legitimada pelo próprio texto bíblico, o evangelho segundo São João.

No contexto português, este número surge pela 1ª vez associado a Portugal e determinando a identidade lusa, no famoso episódio do sec XII, o Milagre de Ourique ou Juramento de Ourique (porque D. Afonso Henriques jurou que isso lhe aconteceu). No milagre de Ourique, Jesus Cristo aparece a D. Afonso Henriques e diz-lhe que ele será Rei (o que aconteceu após a visão e antes da batalha), que será vencedor, assim como todos os descendentes até à 16ª geração, altura a partir da qual Portugal perderá toda a sua glória e ficará num período de interregno histórico (inter-reinos) até que num futuro longínquo, voltará à a sua glória primeva (o famoso 5º Império).

Este ciclo inclui o gerador e portanto é de 1+16=17. Todo o ciclo de Portugal até aos dias de hoje é feito através deste número sagrado (em confronto com o nª 13 o número do antigo messias).

A história é assim compreendida não como uma “parede dos séculos”, mas sim como série de ciclos sucessivos que se reencontram (Epiologística = doutrina que estipula o cálculo dos ciclos históricos).

Fonte: Investigador Manuel J. Gandra e site oficial do Palácio Nacional de Mafra